Quixadá. Treze dias após o início da campanha "Comerciante consciente, calçada livre, pedestre seguro", mais de 90% delas estavam livres para o trânsito de pedestres na área comercial de Quixadá. A diferença foi notada por quem caminhou pelo Centro da cidade no primeiro dia após o encerramento do prazo dado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Município (Seduma).Num primeiro momento, haverá advertência para quem infringir a lei, mas a Prefeitura já está apta a multar quem dificultar a mobilidade fotos: Alex Pimentel
Conforme a Seduma, os comerciantes e ambulantes teriam até o dia 12 deste mês para retirar seus produtos das calçadas. Em seguida, além do recolhimento das mercadorias, poderão ser multados. "Acabaram entendendo a importância da campanha, em benefício de todos", explicou o secretário municipal Francisco Silva.
Ainda de acordo com o titular da Seduma, o trabalho de conscientização foi realizado em parceria com Departamento Municipal de Administração de Bens e Serviços Público (DMASP) e Departamento Municipal de Trânsito (DMT). Como a Seduma tem apenas seis fiscais para atender a toda a cidade, os dois departamentos também auxiliarão na fiscalização.
Advertência
Em princípio, haverá diálogo com quem voltar a ocupar as calçadas com mercadorias, mas havendo resistência, as normas previstas no Código de Postura do Município serão cumpridas com apreensão dos produtos e multa. Proprietários de lojas, armazéns, supermercados e até ambulantes, foram orientados, ressaltou Francisco Silva.
Iniciada pelo, então, secretário Antônio de Pádua, e agora comemorada por seu substituto, a campanha da "Calçada Livre", como ficou conhecida, é comemorada pela administração municipal. Afinal, desde 2007, os gestores municipais lutam para resolver o problema. Na época, o objetivo era também demolir as churrasqueiras construídas irregularmente nos espaços públicos destinados ao trânsito de pedestres. Alguns comerciantes protestaram e se recusaram a cumprir a orientação feita pelo órgão municipal.
Planejamento
Três anos depois, houve nova tentativa para solucionar o problema. Na época, o titular da Seduma era o empresário Joaquim Neto. Ele havia definido um calendário de ações para solucionar o problema na sede urbana. No plano de desobstrução também estava prevista multa para quem insistisse em descumprir a norma e poderia até perder o alvará de funcionamento do estabelecimento comercial. "Mais uma vez, houve desgaste e resistência", lembrou o comerciante Luciano Moreira. "Dessa vez, pelo jeito, está funcionando, e olha que o atual prefeito é um comerciante", completou.
Para a dona-de-casa Maria Anunciada Pereira, deparar-se com as calçadas livres no entorno do mercado público de sua cidade foi uma agradável surpresa. Como ela tem mais de 70 anos, tem dificuldade para caminhar. Raramente ia ao Centro, preocupada em topar com alguma mercadoria e tombar no chão. Para quem já chegou à idade dela, qualquer queda é um risco muito grande. Agora, com a mudança pretende ela mesma fazer as compras. "Eu não sei como eles conseguiram fazer isso, mas esperou que não seja apenas uma coisa passageira", comentou.
O presidente da Associação dos Mercadinhos do Sertão Central, a Rede Ameq, Gilson Fernandes de Lima, representando outros 12 comerciantes, disse ser favorável à medida. "As mercadorias nas calçadas prejudicam até o movimento nos estabelecimentos comerciais".
Todavia, a Seduma e os comerciantes terão de encontrar solução para outro problema: sacolas com mercadorias deixadas na calçada das lojas enquanto os clientes esperam a saída do transporte coletivo. "Não há como manter as compras dentro dos pequenos estabelecimentos", ressaltou.
Giro da Noticia 190
Fonte Diário do Nordeste
SERTÃO CENTRAL Comércio em calçadas é proibido
Publicado por: Noticia Agora em:quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Salvo em: comércio
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