ELEIÇÕES NO CEARÁ: Cisão no PT dificulta o cenário para 2014

Especialistas acreditam que, atualmente, a sigla não tem estrutura para bancar uma candidatura ao Governo do Estado.
Both of these subjects were protocol violators, one due to a low baseline standing SBP, along with the other caused by baseline postural hypotension here clicking You ought not use Hyzaar for anyone who is not able to urinate, or in case you are allergic to penicillin or sulfa drugs to how online buy cialis The illness, called idiopathic pulmonary fibrosis, causes the lungs being increasingly thick and stiff, lowering the capability to breathe an essay.

Rosendo_Amorim_PTDerrotado nas últimas eleições municipais de Fortaleza, o Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta hoje mais uma crise de disputa de poder entre os próprios correligionários, divididos em correntes divergentes e separados por uma aliança com o PSB do governador Cid Gomes. Para cientistas políticos ouvidos pelo Diário do Nordeste, o partido só verá seu destino desenhado no cenário eleitoral de 2014 após as intensas negociações no âmbito nacional, embora reconheçam que o que poderia ser um trunfo para a legenda - uma possível candidatura ao Governo Estadual - tem se mostrado cada dia mais inviável.
De acordo com a professora de ciência política Carla Michelle, da Faculdade Integrada do Ceará (FIC), apesar de a ex-prefeita Luizianne Lins - presidente estadual da legenda até fevereiro próximo - ainda possuir capital político, a inclinação do PT é manter a aliança com o Governo do Estado, mesmo contra a opinião da dirigente. "A tendência é que haja um isolamento da Luizianne. Desde o início, com a candidatura do Elmano, que foi unilateral, que não foi apoiado pelas outras correntes, já se esperava isso. Desagradou muito o partido e fez com que ela se isolasse no PT", argumenta.
O cientista político Rosendo Amorim, professor da Universidade de Fortaleza, faz coro à hipótese de desgaste da imagem de Luizianne no PT. "Ela quis dar um salto maior do que a perna. Tinha chance de ganhar a eleição, mas quis demonstrar que tinha poder político muito grande - e de fato tinha - mas não levou a eleição", avalia.
Apesar de algumas lideranças petistas levantarem a possibilidade de candidatura própria ao Governo do Estado, especialistas ressaltam que, pelo momento político, o mais esperado é que eles sigam o candidato do governador Cid Gomes. "Há figuras importantes, não sei se com potencial de concorrer a governador do Estado. Quadros o partido tem, mas não tem interesse. Para eles, é mais interessante manter o apoio ao PSB na condição de ganhar o Senado", comenta.
Na última sexta-feira, Luizianne Lins declarou que foi convidada pelo PSB a ser candidata a governadora pela sigla no próximo ano e chegou a defender que o PT saia com um postulante ao Governo do Estado. Em entrevista, ela disse que iria conversar com os correligionários sobre o convite e não descartou a adesão ao partido de Cid Gomes.
Senado
Conforme comentários que extrapolam os bastidores, o deputado José Guimarães é um provável nome do PT à vaga no Senado em 2014. O petista tem deixado claro o interesse pelo cargo. Na visita do presidente nacional do partido, Rui Falcão, a Fortaleza, no último dia 12, Guimarães não escondia a satisfação ao ser chamado de senador pelos aliados. Na última visita de Dilma Rousseff ao Ceará, a presidente da República se confundiu e chamou o deputado de senador. Na ocasião, ele foi à rede social Twitter e registrou a gafe.
Para Rosendo Amorim, mesmo com a capilaridade da sigla, o PT não tem condições de lançar candidatura ao Executivo estadual no próximo ano. "A possibilidade de o PT sair com candidato majoritário é despropositada. Nem o Lula consegue eleger alguém aqui. Para o Senado, é mais viável". E completa: "O fato de o grupo do Cid ter ganhado a Prefeitura (de Fortaleza) e estar no Estado há sete anos dificulta a situação do PT. Acho difícil o PT fazer governador, não vejo nome para eleger governador".
Se para PT e PSB já é difícil o entendimento - tendo em vista a ala petista que é contra o projeto pessebista - outro fator é determinante no pleito de 2014: o PMDB. Segundo Rosendo Amorim, há especulações de que o candidato a governador do ex-presidente Lula seja o senador peemedebista Eunício Oliveira. Partindo dessa premissa, o PT teria de optar por seguir um possível candidato do PSB ou apoiar o PMDB, que hoje é alvo de controversas no Governo Federal, embora um setor do PT defenda a manutenção da aliança.
"A variável complicadora é o PMDB. Há uma incerteza em relação à manutenção entre PMDB e PT. O PMDB vai de acordo com as arestas de poder. O que vem sendo falado nos bastidores é que o candidato do Lula é o Eunício", arrisca o especialista. A professora Carla Michele discorda da hipótese: "Eunício é uma figura que tem vida própria. Acredito que o PT se mantenha ligado ao PSB, principalmente se o Eunício for candidato".
Prejuízo
Para a cientista política Carla Michelle, a divisão vivenciada hoje no partido - o diretório estadual é aliado do PSB e o municipal, não - faz parte da formação da sigla, historicamente composta por inúmeras tendências ideológicas. "O PT sempre apresentou essa característica de divisão e cisão interna. Na primeira eleição da Luizianne, ela não contava com o apoio do PT. O apoiado era o Inácio (Arruda). O prejuízo maior é do ponto de vista ideológico, já que algumas bandeiras foram abandonadas", pondera.
Já o professor Rosendo Amorim afirma que as diferenças de postura entre os correligionários não podem interferir no projeto político da sigla. "As divergências devem e podem existir, mas as pessoas que fazem os partidos, principalmente os caciques que têm o poder nas legendas, precisariam avaliar com mais acuidade até onde os seus interesses pessoais e objetivos não estão atrapalhando o projeto maior do partido", declara.
Para o cientista político Hermano Ferreira, docente da Universidade Estadual do Ceará, a instabilidade entre os líderes cearenses pode enfraquecer o poder de barganha do Estado no âmbito nacional. "O receio é de as lideranças se esfacelarem muito e o Estado que acaba perdendo, com a redução da representação no cenário nacional", destaca.
Rosendo Amorim opina que o governador Cid Gomes deverá ficar ao lado da presidente Dilma Rousseff no pleito de 2014, mesmo com uma provável candidatura do presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, à presidência da República. Na última quarta-feira, Cid foi voto vencido na reunião do partido que deliberou pela entrega dos cargos do PSB do Governo Federal.

O especialista acrescenta que a indicação de Ciro Gomes à Secretaria da Saúde é uma sinalização do governador Cid Gomes de apoio à presidente Dilma, através do fortalecimento do programa Mais Médicos. Na avaliação do professor, o incremento de médicos nos municípios deverá ser cabo eleitoral da reeleição de Dilma. Alguns aliados de Cid comentam, nos bastidores da Assembleia Legislativa, que o governador cearense estará ao lado do PT em 2014, mesmo que fazendo "campanha branca".
Giro da Noticia 190

Outras Notícias

Nenhum comentário:

Leave a Reply