Um grupo formado por cerca de 52 mil motoqueiros marcou, ontem, a 27ª edição da maior Moto Romaria em louvor a São Francisco das Chagas, o “santo dos pobres e dos humildes”. Eles percorreram 45 quilômetros pela BR 020 com destino ao maior santuário franciscano das Américas, em Canindé, cidade que fica a 126 km da Capital. Sob a escolta de um grupo de batedores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os devotos do também chamado santo do milênio deixaram a Avenida Mister Hull, às 8horas, e seguiram o
Giro da Noticia 190
destino
da fé sobre duas rodas.
A maioria dos motoqueiros que participam do evento religioso paga promessas por acidentes sofridos ao longo dos tempos fotos: Antonio Carlos Alves
Para quem acompanha todo o percurso na garupa de uma moto, a sensação é que de que a aventura se mistura à fé e emoção. É preciso muita cautela até avistar a cidade que, ainda, não está preparada para receber tanta gente em um só dia.
Tranquilidade
"Essa foi uma das mais tranquilas romarias já realizadas pelo nosso grupo, estamos muito contentes com isso"
Edson Maia
Coordenador da Moto-romaria.
Cura
Os motoqueiros invadiram a terra da fé em busca da cura e acerto de contas com o santo. Foi o caso da dona de casa Francisca Maria Félix de 54 anos, que veio de Sobral pagar uma promessa em intenção de seu filho Ezequiel Félix, de 48 anos, que sofreu um acidente de moto. “Ele está internado, com as duas pernas quebradas, um braço e uma pancada muito forte na cabeça, mas pediu que eu viesse a Canindé pedir a São Francisco pela sua recuperação”, afirmou Francisca Félix.
FORTALEZA A CANINDÉ Tranquilidade marca Moto-romaria
Publicado por: Noticia Agora em:segunda-feira, 16 de setembro de 2013
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Segundo um relatório da Universidade Federal do Ceará (UFC), a maioria dos motoqueiros que participam do evento religioso vem pagar promessas por acidentes sofridos ao longo dos tempos. Exemplo maior é Edson Peixoto Maia, idealizador da moto romaria. Ele sofreu um acidente em 1984, na Avenida da Abolição, em Fortaleza. Depois da promessa, começou a preparar o trajeto que, hoje, tornou-se o maior do mundo. Um dos momentos mais marcantes foi a “bênção dos capacetes”.
A cidade de 40 mil habitantes ficou pequena para o grande número de visitantes – 300 mil somente ontem. O comércio enfrentou dificuldade para atender à demanda. Os espaços de venda ficaram pequenos. Todas as ruas, praças, avenidas, lanchonetes, restaurantes, churrascarias, hotéis ficaram tomados. “Sem dúvida, é o dia de maior movimento fora de época de Canindé”, afirma o empresário Walter Mariano, que aumentou seus negócios em 35%. As prefeituras de Caucaia, Maranguape, Caridade e Canindé deixaram ambulâncias de plantão nos principais pontos de ida e vinda do cortejo.
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