
O prejuízo somente não foi maior porque 80% dos peixes foram comercializados durante a Semana Santa e somente estavam nos tanques-redes os pescados abaixo de 400 gramas, com quatro meses de vida.
A mortandade foi generalizada na localidade de Pereiro dos Pedros e cerca de 90% em Jurema. "Morreu todo o pescado do nosso grupo de produção", disse o piscicultor, Fausto Lima. "Essa é a segunda vez que ocorre, trazendo prejuízo para as famílias".
O produtor Luciano Rodrigues Braz trabalhou por dois dias seguidos na retirada do pescado morto, em meio ao mau cheiro. "Temos de enfrentar o prejuízo e fazer a retirada do pescado", lamentou. Alguns operários foram contratados pelos piscicultores para o serviço de condução do peixe apodrecido até as valas, por meio de carro de mão. Essa não é a primeira vez que o fenômeno ocorre. Nos últimos quatro anos tem se repetido com maior ou menor incidência nos meses de junho e julho, quando se verifica o fenômeno da inversão térmica e aumento dos índices de poluição, retirando o oxigênio da água.
Os piscicultores parecem acostumados e não adotam as medidas técnicas sugeridas: evitar alimentar o pescado, reduzir a quantidade por gaiolas, e retirar o peixe quando há sinais de que o fenômeno vai se verificar. Um deles é a mudança de coloração da água para verde escuro. A morte ocorre rapidamente, da noite para a manhã. Nos últimos quatro dias, houve queda de temperatura e incidência de ventos fortes. O Açude Orós recebe dejetos e esgotos da região.
Giro da Noticia 190
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