JAGUARUANA, Centro amplia serviços a especiais

O local funciona há cinco meses oferecendo atendimento a crianças e adolescentes com necessidades especiais
Jaguaruana. Há cerca de cinco meses em funcionamento, o Centro de Atendimento Especializado de Jaguaruana (Caej), tem sido referência no atendimento de crianças e adolescentes com necessidades especiais. O projeto visa o atendimento inclusivo e o acompanhamento profissional a estudantes da rede pública e privada. Somente no mês passado o espaço realizou mais de 450 atendimentos.

O espaço conta com equipe interdisciplinar de profissionais para completo atendimento Fotos: Ellen Freitas
A unidade é a primeira com essa estrutura no Vale do Jaguaribe. O serviço está em funcionamento desde abril deste ano, com atuação de 10 profissionais da saúde e área pedagógica especializada em educação especial, com carga horária de trabalho de 20 horas semanais, atendendo 200 crianças nasmais diversas especialidades.

A estrutura foi reformada e inaugurada no início deste mês. O projeto partiu do titular da Secretaria de Educação do Município, Afraudízio Soares, a partir da necessidade de se ofertar atendimento especializado aos alunos da rede pública.

De acordo com um estudo realizado pelos profissionais da Atenção Básica da Secretaria de Saúde da cidade de Jaguaruana, foi constatado o número considerável de casos de crianças especiais fora da escola.

"Com esse levantamento um número de mais de 500 casos de crianças portadores de necessidades especiais e, em grande parte, muitas delas fora da sala de aula. São casos como a Síndrome de Down, paralisia cerebral, crianças surdas. Foi feito todo um levantamento para a conclusão do projeto", explica Soares.

O Centro funciona na antiga casa de hóspedes do município, onde abrigava profissionais que vinham trabalhar na cidade. A estrutura conta com cinco salas, cozinha refeitório e um amplo espaço no entorno do prédio.

Através de um projeto de Lei, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal de Jaguaruana, toda a estrutura foi doada para a implantação do Caej.

De acordo com o secretário, o investimento foi mínimo, já que o município passa por dificuldades financeiras. Boa parte dos materiais e recursos foi conseguido por meio de doações de empresários da cidade e populares, que abraçaram a causa.

"É isso que faz esse projeto ser mais especiais, a participação das pessoas que contribuíram de alguma forma para que fosse realizado", ressalta Soares.

As crianças e adolescentes do município, em idade escolar, de instituições públicas ou privadas, contam com o atendimento de profissionais como fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista, terapeuta ocupacional, médico, psicopedagogos, professores de educação especial e de libras, além de atendimento médico, em casos específicos.

As crianças atendidas no Caej são geralmente encaminhadas pelas instituições de ensino, mas Soares ressalta que as famílias podem buscar o atendimento junto à unidade. São avaliadas por dois ou mais profissionais e seguem para tratamento.

Para a coordenadora do Caej Cleuzeli Batista Barros, os pais são os grandes parceiros do projeto e fundamentais para o acompanhamento da evolução das crianças atendidas.

"Nós procuramos fazer a divulgação desse trabalho para que os pais busquem o atendimento especializado para seus filhos e para que eles possam a partir daí serem incluídos na vivencia escolar. É uma contribuição para o desenvolvimento saudável dessas crianças", explica.

Barros ressalta que a demanda por alguns profissionais tem crescido significativamente e gerado lista de espera. Atualmente, cerca de 50 crianças aguardam vaga para o atendimento com fonoaudiólogo. Também há espera para Terapia Ocupacional e Professor de Atendimento Educacional Especializado.

O fonoaudiólogo Wagner Vargas é um dos profissionais mais procurados. Segundo ele dificuldades de fala estão entre os problemas mais recorrentes nas crianças em idade escolar.

"O não pronunciamento de algumas letras, a demora no desenvolvimento da fala, a mudança da voz, principalmente em meninos na mudança da infância para adolescência, são casos bastante comuns. Fazemos uma avaliação clínicas e tratamos dessas dificuldades", destaca.

Resposta

Sobre a fila de espera no Centro de Atendimento Especializado de Jaguaruana, Barros afirma que a demanda tem crescido rápido e que a medida que as crianças vão tendo alta, outras vagas são ofertadas. "Nós atendemos hoje 200 crianças, então de acordo com o aumento da oferta estimamos atender a demanda nos próximos anos", frisa.

Soares afirma que a partir de 2014 será ampliada a carga horária dos profissionais do Centro, de 20 para 40 horas semanais.

"Esse projeto abre sim possibilidade de expansão, tanto na carga horária, quanto na oferta de novas especialidades, caso haja demanda. Nossas metas estão sendo atingidas e esperamos muito em breve atender a todas as crianças que precisam desse atendimento", finaliza.
Giro da Noticia 190

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